Achei que nunca iria falar deste assunto aqui, simplesmente porque não me orgulho dele. Nada foi do jeito que eu queria! Sempre quis ter meu parto normal, não queria cesária, queria parir o meu filho. Mas pela insistência de minha mãe resolvi não insistir com a GO sobre parto normal e ouvir a opinião dela.
Bom, durante a gravidez falei com minha médica que gostaria de PN e ela nunca se mostrou contra, apenas falou que conversaríamos sobre isso quando estivesse mais próximo. No fim do sétimo mês, ela me perguntou se eu gostaria que o parto fosse normal e eu confirmei, claro. Então ela me passou alguns exames. Na consulta seguinte ela me questionou a data que eu fiz a miomectomia (retirei 13 miomas). Daí, ela falou que o parto não poderia ser normal, pois não tinha dois anos que fiz a cirurgia e que não poderia chegar nem perto do trabalho de parto (TP). Fiquei um pouco chateada, pois não queria que fosse assim. Foi ela quem fez minha cirurgia, me acompanhava antes mesmo de me operar,então porque me iludiu com a possibilidade de um parto normal? Porque não me alertou desde o início?
Estava muito ansiosa para ver meu filhote e deixei a chateação de lado. Voltei para casa com o parto marcado para o dia 7 de fevereiro (38 semanas de gestação) pois já tinha dilatação e não poderia entrar em TP para o útero não se romper. Marquei uma ultrassonografia para a o dia 02.
No dia 01/02 fiquei em casa sozinha, a contragosto do meu marido. E tive que subir e descer escada várias vezes, no final do dia comecei a sentir cólicas e a barriga dura. As cólicas vinham num intervalo de 20 minutos e já duravam uma hora. Passava das 23 horas, quando resolvi ligar para minha GO, ela tinha acabado um parto e estava a caminho de casa, que fica próximo a maternidade. Pediu que eu fosse encontra-la para me examinar. Eu nem queria ir, pois tinha certeza que ele ainda esperaria para nascer.
Após alguns toques ela decidiu fazer o parto, disse que se não fizesse poderia haver complicações. Fiquei bem chateada, não era para ele nascer naquela hora. Eu não estava preparada, a mala dele também não. Minha mãe não estava comigo. Não levei nada para a maternidade, nem a máquina fotográfica. Então me levaram para uma sala, feia, fria e iniciaram os procedimentos: limpa daqui, me vira dali, agulha no braço e a bendita raqui. Perguntei por meu marido e avisaram que ele entraria quando estivesse pronta. Estava bem triste.
Meu marido entrou, ficou ao meu lado me disse algumas palavras e em seguida o chamaram, o bebê estava nascendo (1:38). Ele viu tudo! Levantaram o bebê para que eu visse mas o lençol atrapalhou. Foram limpá-lo e trouxeram para mim, não foi emocionante, eu estava toda amarrada, só pude beijá-lo e cheira-lo (depois fiquei com uma alergiazinha). Colocaram para mamar, mas eu não consegui, aqueles aparelhos me incomodavam. Depois disso, só vi meu filho lá para 10 horas da manhã.